Na próxima semana, de 03 a 07 de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo (Sindifícios) irá as ruas com carro de som, faixas e informativos alertando funcionários de edifícios e moradores sobre as principais questões que envolvem a Portaria Remota.
Constantemente aparecem empresas propondo serviços aos condomínios e, quando o assunto é economia, o principal alvo é o quadro de funcionários. A moda agora é a portaria remota, portaria virtual, portaria à distância, enfim, são inúmeros os nomes para a mesma ideia de substituir o porteiro e deixar uma empresa, em um escritório, acompanhando a movimentação da portaria.
Contudo, muitos moradores que já testaram a “novidade” desaprovaram o sistema e preferem contar com o tradicional funcionário na guarita. Matéria da Folha de SP de 25/09/16 apresenta: moradores insatisfeitos com o novo método, especialistas em segurança apontando falhas e as próprias empresas que oferecem o sistema sugerindo a contratação de um auxiliar de serviços gerais para ficar no local e atender a demanda. Para o presidente do Sindifícios, Paulo Ferrari, esse funcionário é insubstituível: “Pra que vou contratar alguém para receber encomendas ou repassar esse serviço ao zelador se já existe um funcionário que faz esse serviço e todos estão habituados a ele: o porteiro”?
Quem também se posicionou contra foi o sindicato patronal (SINDICOND), divulgando em seu site no dia 28/09/16 uma matéria sob o título “Portarias virtuais trazem risco à segurança dos condomínios” e alegam: “Não há profissional que substitua o porteiro”.
O Sindifícios estará nas ruas na próxima semana fazendo esse alerta em bairros de médio e alto padrão, locais onde os condomínios tem maior tendência a testar esses serviços que não trazem benefícios, ao contrário, só tomam dinheiro dos moradores, causam desemprego e deixam vulnerável a segurança.