Assalto em Condomínio - Sindifícios

Mais uma pessoa é assaltada em prédio com Portaria Virtual

No último sábado (14.10), uma moradora de um edifício na Rua Oscar Freire sofreu momentos de pânico ao ser rendida por um bandido e ter seu apartamento roubado. A situação ocorreu certamente porque o ladrão já havia estudado o local e sabia da vulnerabilidade gerada pela Portaria Virtual.

Por volta do meio dia, a moradora chegou com seu carro ao condomínio e o bandido armado se aproximou da vítima e entrou em seu carro. De dentro do veículo, a moradora abriu o portão da garagem e entrou com o meliante, o que não aconteceria caso houvesse um porteiro na guarita para cumprimenta-la e verificar se tudo estava dentro dos conformes.

Sozinha, subiu com o bandido ao seu apartamento e ficou de refém, assistindo o mesmo recolher e levar para o veículo dela tudo o que poderia transportar, circulando pelos elevadores, sem que ninguém percebesse o que estava acontecendo.

O presidente do SINDIFÍCIOS, Paulo Ferrari, afirma que essa é algumas das falhas que ocorrem quando se dispensa funcionários próprios: “Se tivesse um porteiro na guarita, ele teria de imediato percebido algo errado assim que ela se aproximou do prédio, porque esse funcionário conhece a movimentação dos condôminos, até mesmo sabe quem são as visitas que normalmente circulam pelo local; ele também veria o meliante circulando pelo elevador, saindo com os pertences da moradora”.

O “milagre” prometido pelas empresas que oferecem o serviço de Portaria Virtual não existe, porque é impossível um escritório distante cuidar, vistoriar, acompanhar o que acontece em dezenas de edifícios.  Em pesquisa realizada na região, alguns moradores de condomínios que contrataram a Portaria Virtual revelaram que se sentem vulneráveis e já cogitam solicitar a contratação de porteiros tradicionais. Vale lembrar que muitos condomínios não conseguiram ainda se desfazer da portaria virtual por estarem presos a cláusulas contratuais.