Uma pandemia, inesperada e inusitada, resignificou a dinâmica urbana mundial e nos obrigou a parar.
Neste ano de 2020, com a expansão do coronavírus pelo mundo, fomos obrigados a rever nossas prioridades e a resgatar valores essenciais: a solidariedade e a proteção à vida.
A situação impos “paciência” a todos. A ordem é ficar em casa em nome de um bem maior. Mas “quando tudo pede um pouco mais de calma”, as incertezas quanto à economia e ao trabalho nos afligem, pois “a vida não para”.
A letra existencial de Lenine capta um sentimento de comunhão, de humanidade, que nos é caro neste momento. Um sentimento que deve transcender qualquer questão menor do que a sentença “A vida é tão rara”.
Paciência
(Composição: Lenine/1999)
Intérprete: Lenine
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não
A vida não para
A vida é tão rara