Terceirizar sempre será perigoso

O perigo ronda condomínios e edifícios de todo o mundo; como coibir bandidos que investem em armamentos se muitos condôminos vão contramão e, ao invés de investimentos em segurança, optam pelo que é mais barato?

A tecnologia traz diariamente novidades que podem ser adequadas a favor do ser humano. Substitui-lo, em muitas funções, não é a solução e terceirizar essa mão de obra é um dos maiores erros. Que economia faz um condomínio ao expor seu funcionário a 12 horas ininterruptas de trabalho com salário inferior aqueles que são contratados por 8 horas? O próprio corpo físico não suporta e revela que alguém em seu trabalho está muito mais atento durante 8 horas do que por 12 horas, tendo em vista que o cansaço causa falta de atenção, sonolência e dores no corpo.

A economia está em explorar esse funcionário e deixar de contratar outro, como fazem os condomínios que possuem três porteiros divididos nos turnos das 24 horas do dia. Com funcionários a menos, o prédio “economiza”, mas perde em qualidade e produtividade. Além disso, deve ser levado em consideração que o condomínio não estará livre do “passivo trabalhista” quando a empresa contratada deixar de cumprir suas obrigações com os direitos dos trabalhadores

Talvez a segurança seja o maior e preocupante problema para aqueles que terceirizam a mão de obra em condomínio. A alta rotatividade de funcionários e a falta de treinamento dos mesmos deixam condôminos a mercê de um sistema cada dia mais vulnerável. Alguns bandidos entram pela porta da frente utilizando formas antigas como dizer que são parentes de algum morador ou prestadores de serviço, enfim, métodos que todo aquele que recebe treinamento já sabe como lidar.

Essas brechas na segurança revelam o total despreparo dos funcionários, a falta de treinamento e de investimento nos mesmos. Bons funcionários com qualidade na prestação de serviços não devem ser tratados como itens a serem economizados. Vamos valorizar os trabalhadores próprios!