O SINDIFÍCIOS acaba de apurar um caso que ocorreu num edifício em Moema, onde vários moradores são pessoas idosas e a opção sempre foi a de manter o quadro de funcionários presencialmente no local. A decisão foi unânime, tendo em vista que a proximidade e o bom relacionamento com os funcionários proporcionariam acolhimento e bem estar aos condôminos.
Na portaria, há um livro com o número de telefone dos filhos dos moradores idosos que moram no edifício. De um simples “favor” de anotar vez ou outra os números, o hábito fez os porteiros decidirem criar uma agenda com os nomes e telefones de todos para situações de emergência.
Habituados com a rotina dos moradores, os porteiros fazem parte do dia a dia dos mesmos. Tanto que no começo do ano, o porteiro da manhã sentiu falta de um morador acostumado a sair diariamente para fazer uma caminhada. Desconfiado da ausência, telefonou para o filho que, surpreso, foi até o prédio para conferir o que estava ocorrendo e se deparou com o pai no chão do apartamento passando mal.
A ambulância foi chamada, o senhor socorrido e, após dias de internação pode voltar para casa, onde vai continuar morando sozinho no apartamento, mas nunca sozinho no condomínio.
Parabéns aos porteiros do condomínio (que pediram para mantermos o sigilo) pela atenção e iniciativa.
Certamente, a portaria virtual nunca terá esse lado humano para oferecer.